Os trabalhadores viviam em condições sub-humanas.
Levantamento feito nesta sexta-feira (28) apontou que o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais resgatou 450 pessoas em condições sub-humanas de trabalho só no ano de 2021.
De acordo com MPT, a maioria dos trabalhadores foram encontrados em lavouras de café, milho, alho e carvoarias.
Em Minas Gerais, tem 173 investigações sobre o tema.
Segundo o MPT, quatro pontos caracterizam o trabalho escravo, são eles: Condição degradante, Jornada exaustiva e trabalho forçado. Nos resgates, foram encontradas muitas violações da legislação trabalhista e das normas regulamentadoras.
"Além de degradância, ausência de contratos formais de trabalho, casos de aliciamento, encontramos situações em que o trabalhador estava pagando pelo instrumento de trabalho, como por exemplo, a tesoura importada usada para colher o alho e os equipamentos de proteção individual, como botas, óculos e vestimentas", relata o procurador Fabrício Borela Pena.
Os fiscais do Ministério Público do Trabalho, realizaram resgates em todo o estado. Também foram aplicadas diversas multas trabalhistas por danos morais.
Os trabalhadores não tinham registro em carteira de trabalho, horas de descanso ou local adequado para alimentação. As vítimas também não tinham uma higiene adequado para tomar banho ou fazer suas necessidades fisiológicas, muitas das vezes, essas necessidades eram feitas na própria vegetação.
Da Redação.